Olá, que bom ver você por aqui! Eu sou a Clarissa, muito prazer. Criei este espaço para mostrar a você um pouco do meu trabalho – que é também meu hobby favorito e a grande paixão da minha vida. Sempre gostei muito de ler e escrever – muito mesmo. Comecei aos 12 anos com uma coisa chamada fanfiction, postando em fóruns e sites do universo Harry Potter. Eu fui uma adolescente que ao invés de prestar atenção nas aulas da escola, sentava em algum canto escondido para mergulhar nos infinitos mundos que a literatura me proporcionava. Enquanto uma pessoa atípica, encontrei nesse nicho um lugar acolhedor, um refúgio, um lugar feliz no qual eu tinha as mais agradáveis experiências sensoriais – o cheiro dos livros, a textura da caneta deslizando pelo papel, o som das páginas sendo viradas… Era, para mim, tão mágico quanto as histórias que eu amava ler. Eu tinha muitas áreas de interesse, e quando chegou a hora de ir para a faculdade, eu queria tanta coisa ao mesmo tempo que decidir um caminho foi bem difícil. Mas aí eu escolhi algo que me permitiria, no futuro, estudar e falar sobre tudo o que eu gostaria. Cursei Licenciatura em Língua e Literatura Inglesa na Universidade Federal do Espírito Santo, o que me permitiu acesso a tudo que eu amava: idiomas, História, Literatura, Psicologia da Educação, Fonética e Escrita Criativa e Acadêmica. Comecei a dar aulas logo após ingressar no curso e na sala de aula eu vi a oportunidade de levar para os meus alunos um pouco da mágica que eu sempre vi nos livros. Admito que ser uma professora convencional nunca foi o meu forte. Foram várias as vezes que preferi jogar os manuais pela janela e levar meus alunos a se conectarem com o conteúdo de forma pessoal, principalmente se tratando das crianças. Quando meu filho nasceu eu percebi que, por mais que eu amasse os momentos de conexão que a sala de aula me proporcionava, trabalhar fora de casa várias horas por dia era incompatível com a criação que eu queria dar a ele. Foi quando comecei a investir mais na área de tradução, que me permitia fazer meus próprios horários e ficar em home office. A partir disso, comecei a fazer cursos online de capacitação em todas as áreas que eu gostava – de roteiro de jogos até neuropsicologia. Além disso, a maternidade também me levou a outras áreas; percebi quão pouco conteúdo sobre desenvolvimento cognitivo é passado na licenciatura, e comecei a estudar por conta própria diferentes pedagogias, teorias e abordagens a respeito de tudo que compõe as várias camadas do ser humano. Eu me vi encantada com o estudo dos mecanismos do cérebro que nos transformam em quem somos – crenças, gostos, personalidade. Tais estudos me colocaram em contato com experiências que mudaram não apenas a minha visão de mundo, mas também marcaram fortemente a minha existência. Passei a escrever textos e artigos na minha rede social sobre o que eu estudava, e percebi que a minha escrita tornava acessível conteúdos que nem todos tinham acesso. Segui escrevendo e o crescimento dessa rede social me levou a fazer parte de coletivos que atuavam em prol das crianças, trabalhar como voluntária em causas para levar informação e conteúdo essencial para mulheres em situação de vulnerabilidade, ministrar palestras para diversos grupos, fazer parte de um movimento que conseguiu aprovar um Projeto de Lei no Senado Federal por unanimidade e ter experiências dentro do cenário político. No final das contas, a atividade que eu exercia na infância e adolescência para me isolar em um cantinho, fugir e buscar aconchego dos barulhos do mundo real, foi a mesma que me levou para um caminho de contato intenso com as questões mais reais da vivência humana. Ah, a ironia… Certamente, uma figura de linguagem bem apropriada para marcar a trajetória de um escritor.